segunda-feira, 24 de abril de 2023

Atualíssima

 

Atualíssima


Escrevo daqui desse tempo futuro ao que eu vivi lá atrás quando comecei aqui essas escritas

Escrevo daqui desse momento tão duro diante da leveza que vivi na paz daquela outra vida


Sim, são outros tempos esses. Não há muito o que fazer e nem o que dizer, mas... Insisto...

... E escrevo...

Queria eu ter vivido de outro jeito isso que eu viví.

Mas, repito que não há o que fazer, o arrependimento é talvez o sentimento mais triste que a alma humana acalenta. 

E de repente me vi aqui nesse mesmo blog querendo me justificar do que eu deixei de ser... Não estou a escrever no word. Escrevo direto aqui...

Para tentar com palavras atenuar o quanto cretino fui

Para tentar com rimas inverter um pouco as coisas que fazem doer essa minha alma que já se encontra um tanto cansada.


Eu errei com a pessoa que me amava tanto. Eu, irritantemente tendo a repetir o refrão de uma música que eu cantei tanto quando criança, porque realmente eu não soube amar...

Esqueci que naquela canção tão linda do Oswaldo Montenegro ele ensinou que amar exige mestria.

Não fui nem aluno, muito menos mestre.

Pedir perdão já não resolve. Aceitar que errou e seguir em frente tentando consertar é a única possibilidade. E não é possível prometer nada. Apenas aceitar e torcer para que as coisas fiquem calmas.


Dizendo com franqueza o que escrevo aqui do futuro é mais um desabafo, pois o desatino já foi. Eu não tenho o que dizer. Aceitar e seguir um rumo por um caminho sinuoso que me resta é minha chance para tentar ser melhor.

Aqui do futuro eu lamento.

E peço desculpas para mim mesmo. Aquele do passado que escrevia com alegria e agora escreve com dor. Uma dor que não sei definir. E uma tristeza que eu nunca sabia existir.


Aqui do futuro eu vou indo.

Está tudo bem. Tudo bem, dentro do impossível.


24 de abril de s2023

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