sábado, 2 de fevereiro de 2013



Música boa é música agradável!


A música segundo Tim Blanning, professor da Universidade de Cambridge em seu livro recém lançado é a principal manifestação artística do homem. Não precisávamos ler num livro (O Triunfo da Música, Ed.Cia das Letras, 424 págs.) para já sabermos isso. Música está em todos os lugares e isso independe do substantivo que venha depois. Eu mesmo não consigo viver sem música. Só que talvez eu seja um dos caras mais ranzinzas em termos de gosto musical que você venha a conhecer!
Sabe essas músicas que todos gostam? Que tocam em todos os lugares? Nas tevês, nas rádios, nos clubes, nos carros? Essas que por mais que você tente não se consegue deixar de se ouvir... Então, eu não gosto normalmente dessas músicas!
E sabe por quê? Porque elas acabam tocando tanto que nos deixam empapuçados. Música boa é música agradável. Música pop é música comercial e por mais que você aceite sempre vai gostar até certo limite. Tem algumas músicas que eu gosto tanto que sou capaz de ouvir repetidas vezes... Essas normalmente não se tocam direto. Você já parou para pensar por que sempre as músicas que os que gostam de ouvir muito alto em seus sons automotivos são feias? Eu já parei... Estou pensando em pôr um som em meu carro (não tenho ainda por recomendação médica, já que sou muito distraído posso não prestar atenção no trânsito para ouvir a música...) só pra ter o gostinho de quebrar uma barreira e ser talvez o PRIMEIRO em Itaí a passar pela avenida ouvindo BEATLES no último volume e não essas músicas “pancadão” que eu não quero nem discutir a qualidade e o gosto de quem as prefira... Gosto não se discute, se lamenta...
Sou adepto da famosa siesta após o almoço. Na Espanha pelo menos nas cidades pequenas tudo fecha para que os habitantes possam dormir. E olha que não são os vinte, trinta minutos aos quais eu particularmente estou acostumado e sim duas a três horas! Costumo dizer que sofro de um mal que merece ser conhecido como cochilomania. É um costume salutar que me ajuda a enfrentar com bom humor as agruras do corre-corre do meu dia-a-dia. Você quer saber o que mais me deixa de mau humor? É eu me deitar para o meu precioso cochilo e passar um carro com o som no talo, no último volume e parar perto de casa. E eu acho que tem alguém que descobriu que isso me tira do sério e adora fazer isso justamente após o Globo Esporte. É um tal de parar o carro com o som ligado com essas músicas que eu não gosto de ouvir e que todo mundo estranhamente adora e ficar o tempo necessário para eu perder meu cochilo e meu bom humor.
Música boa é música agradável. Não me agrada a batida constante de um sintetizador. Respeito quem goste e como afirma o professor Tim Blanning: “Enquanto os critérios estéticos são passageiros, a capacidade de agradar a uma geração após a outra se confirma pela objetividade”. Qual o objetivo de uma música que repete a mesma frase de mau gosto e as mesmas batidas feitas por computador e tiradas de outras músicas?
Não me deixar fazer a siesta. Só pode ser isso...

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